O alferes que assinou o manuscrito em defesa de José de Araújo Rozo

Jornal “A Aurora Fluminense” (RJ), nº 195, de 27 de maio de 1829, página 4, publica correspondência de um escrivão do Rio de Janeiro, questionando a informação de um cidadão que assina como “Paraense”, de que não conhecia a José Pinto Correa, alferes da Bahia que assinou o manuscrito de defesa do ex-presidente da província do Pará, José de Araújo Rozo, ao que rebate informando que conhece perfeitamente a letra  e assinatura do dito cujo, frequentador de seu cartório.

VARIEDADES

CORRESPONDÊNCIA

Lendo no seu nº 191 de segunda-feira, 18 de maio corrente, a correspondência assinada “O Paraense”, nela encontrei a menos exata expressão, que se me atribui, de que eu não conhecia a José Pinto Correa, cuja assinatura reconhecera no manuscrito da defesa de José de Araújo Rozo. Como essa expressão pela maneira com que foi enunciada, tende a deprimir o meu crédito, entendo dever declarar-lhes que conheço perfeitamente a letra e assinatura de José Pinto Correa, que é um alferes de 2ª linha dos batalhões da Bahia, morou a pouco mais deum ano na rua na rua da Alfândega, e veio por esses tempos muitas vezes ao meu cartório. Depois da mencionada correspondência, tendo eu procurado notícias dele, soube que se acha preso por crime de morte e em Conselho de Guerra. Espero, Srs. Redatores, da sua imparcialidade, que assim como se dignaram inserir no seu periódico aquela correspondência do Paraense, se dignem também publicar pela mesma Folha esta também do seu atento venerador.

José Pires Garcia.

Publicado por ricardoconduru

Nascido no Rio de Janeiro, é formado em Administração pela UFPA.

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